TERRAS E LUGARES
Os imperadores aquemênidas (persas) governaram o seu vasto território a partir de várias cidades importantes que serviam como capitais. Pasárgada, Persépolis, Ecbátana, Susa e Babilônia foram centros de poder real em algum momento da história persa, na maioria das vezes compartilhando essa honra com outras cidades. Os arqueólogos identificaram as impressionantes ruínas de Persépolis perto da moderna cidade de Shiraz, em Fars, no Irã. Os enormes restos de arquitetura colossal testemunham os dias gloriosos do Império Persa.
Ciro II, o Grande (550-530 a.C.), havia escolhido Pasárgada como a sua capital, mas morreu antes que isso pudesse ocorrer. Seu filho Cambises II (530-522 a.C.) decidiu transferir o trono real para Susa, que foi fortalecida como um poder político. A ascensão turbulenta de Dario I (522-486 a.C.) exigia legitimação, então o rei decidiu construir uma nova capital não muito longe de Pasárgada: Parsa (conhecida pelos gregos como "a cidade dos persas" [Persépolis]). Era um centro de atividade cerimonial e arte imperial.
Inscrições e vestígios arquitetônicos de vários locais no Antigo Oriente Próximo indicam que Dario encorajou muitos projetos de construção. A construção de Parsa começou em 515 a.C., o mesmo ano em que o Templo de Jerusalém foi concluído. Os vestígios arqueológicos de Persépolis são impressionantes e incluem palácios, salões de banquetes, salões ricamente decorados que mostram a influência persa na arte e na arquitetura da Antiguidade. Entre as ruínas estão câmaras nas quais os generais de Dario planejaram sua campanha fracassada contra os gregos, que haviam incendiado brutalmente a cidade de Sardes em 498 a.C. Essas décadas turbulentas do Antigo Oriente Próximo foram vividas como se Deus estivesse realmente cumprindo a Sua promessa de fazer "tremer todas as nações" (ver Ageu 2:7). O filho de Dario, Xerxes I (Assuero, 486-465 a.C.) cruzou o Helesponto para vingar a derrota do pai em Maratona (490 a. C.). Além disso, ele queimou brutalmente Atenas em 480 a.C. em retaliação pela destruição de Sardes.
Mas as forças de Alexandre se vingaram de Persépolis destruindo-a completamente em 330 a.C. Uma das piores tragédias foi que o fogo consumiu os registros de pergaminhos persas. Como as narrativas persas e os anais reais não sobreviveram, o que sabemos sobre o império vem principalmente de relatos históricos gregos. Por outro lado, o fogo preservou as Tábuas do Tesouro e a Fortaleza de Persépolis e numerosas bulas. Esses restos epigráficos contêm um valioso tesouro de informações administrativas, econômicas e onomásticas. Eles registram mudanças na inflação durante o tempo de Xerxes, o que poderia ter afetado a tributação nos territórios persas. O incêndio preservou referências a nomes de lugares, propriedades, rações alimentares e outras informações sociais e administrativas.
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