TERRAS E LUGARES
A antiga cidade de Biblos estava localizada ao longo da costa do Mediterrâneo na antiga Fenícia, que atualmente é o Líbano. Os estudiosos acreditam que o seu nome está relacionado à palavra grega para "papiro", material vegetal usado para preparar manuscritos, que foi exportado deste porto para o mundo grego (mais tarde a palavra "Bíblia" derivou do nome Biblos). Os egípcios do Império Antigo conheciam a cidade pelo nome de Kebny, enquanto os assírios mais tarde a chamaram de Gubla. Devido à sua localização estratégica, a meio caminho entre o Egito e a Anatólia, bem como o fato de permitir o acesso à madeira das terras altas do centro do Líbano, Biblos tornou-se um importante centro comercial e econômico.
As Cartas de Amarna contêm mais de 60 tábuas dos governantes de Biblos pedindo ajuda ao rei egípcio porque estavam sendo saqueados pelos habirus. Pierre Montet escavou Byblos (1921-1924) e depois Maurice Dunand o fez por décadas (1925-1974). O local contém vestígios que datam de períodos pré-históricos aos tempos modernos. Particularmente dignos de nota são os antigos textos fenícios escritos principalmente em Biblos durante o século 10 a.C. O sarcófago de Ahiram continha uma inscrição escrita no alfabeto fenício que se assemelhava em grande parte a outras línguas semíticas, como o hebraico. Tais inscrições contribuíram significativamente para o estudo do desenvolvimento da escrita. Durante o período assírio, Biblos tornou-se um vassalo do império assírio e continuou sob o domínio de impérios posteriores. Serviu como um importante centro comercial até o período das Cruzadas. A Bíblia alude a Biblos 4 vezes, associando-a ao transporte marítimo (Ez 27:9) e o transporte de madeira (1Rs 5:18).