Pena de morte

Os líderes religiosos judeus estavam certos de que, daquela vez, tinham o plano perfeito. Tinham certeza de que encurralariam Jesus, enganando-O para que fizesse uma declaração pública que culminaria no fim de Seu ministério e, talvez, de Sua vida.

Os escribas e fariseus trouxeram a Jesus uma mulher que havia sido pega “em ato” de adultério (Jo 8:4). Eles O lembraram de que a Lei de Moisés dizia que aqueles que cometessem adultério deveriam ser executados, e Lhe perguntaram: “E o senhor, que diz?” Eles esperavam que Jesus dissesse que ela não deveria ser executada. Se isso acontecesse, eles poderiam acusá-Lo de transgredir a Lei Mosaica. Caso Jesus dissesse que deveriam matá-la, o que traria problemas a Ele com os romanos, eles poderiam acusá-Lo de incitar assassinato, porque não permitiam que ninguém, a não ser eles mesmos, executasse qualquer pessoa.

Como as pessoas se acotovelavam perto de Jesus, Ele Se ajoelhou e começou a escrever na areia e só parou para dizer: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela”. Seja lá o que Ele escreveu, com certeza incomodou a consciência dos acusadores da mulher, que aos poucos se retiraram.

Hoje, poucas sociedades veem a execução como uma punição adequada para o adultério, mas algumas ainda veem a pena de morte como uma resposta adequada aos crimes mais cruéis. Nós desejamos equidade e justiça, mas Jesus nos pede para esperar e confiar na justiça final que só Ele pode trazer. O apóstolo Paulo escreveu: “Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: ‘Minha é a vingança; Eu retribuirei’, diz o Senhor” (Rm 12:19). Argumentar que devemos pagar a morte com a morte apenas reforça a mentira de que a violência é a solução. Isso nos torna assassinos e pode roubar de um pecador a chance de se arrepender. Por isso, devemos sempre apoiar uns aos outros, bem como preservar e proteger a vida.