Escravidão e exploração humana
Quando ouvimos a palavra “escravidão”, pensamos em pessoas que viveram há muito tempo, na antiga Roma ou durante o período colonial do Brasil. Podemos até imaginar que a escravidão só aconteceu em um passado distante. A realidade é que a escravidão existe ainda hoje. As pessoas continuam sendo tratadas como mercadorias, produtos para comprar e vender. No entanto, a escravidão é contrária ao que Deus planejou para a humanidade.
As organizações dedicadas a acabar com o tráfico humano estimam que, ao redor do mundo, 25 milhões de pessoas estejam presas nessa teia. Algumas delas são forçadas a trabalhar contra a vontade, recebendo salários tão baixos que ficam cada vez mais endividadas. Em alguns lugares, por causa de salários baixos, os trabalhadores têm que fazer empréstimos de seus empregadores para obter o sustento básico. Mesmo fazendo horas extras, eles se endividam cada vez mais. Os patrões são praticamente donos dessas pessoas. Isso é trabalho escravo.
Em outros lugares, famílias pobres têm que escolher entre vender um filho para ganhar o dinheiro necessário para sustentar os outros ou assistir a todos morrerem de fome. Crianças são submetidas a trabalho forçado e não são libertas até que cheguem à vida adulta. Em outros casos, garotos e garotas são seduzidos com promessas de relacionamento, renda e respeito, mas são forçados, depois, à prostituição infantil.
A exploração econômica contribui em grande parte para a pobreza, o crime, a guerra e os problemas sociais. Falando para pessoas que haviam se tornado ricas pela exploração de outras, o apóstolo Tiago escreveu: “Vejam, o salário dos trabalhadores que ceifaram os seus campos, e que vocês retiveram com fraude, está clamando contra vocês. O lamento dos ceifeiros chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos” (Tg 5:4). A Bíblia nos incentiva a cuidar de todas as pessoas. Provérbios 14:31 declara: “Oprimir o pobre é ultrajar o seu Criador, mas tratar com bondade o necessitado é honrar a Deus.”
Há muitas maneiras de ajudar a impedir o trabalho escravo e a exploração econômica:
- Voluntariar-se em organizações que aumentem a conscientização em sua comunidade contra o tráfico humano e se esforcem para acabar com ele.
- Investir em treinamento para a conscientização contra o tráfico humano, a fim de que você possa reconhecer os sinais dele.
- Buscar saber as condições nas quais produtos e metais essenciais para os eletrônicos são extraídos, incluindo a possibilidade de que tenham sido produzidos por crianças.
- Pesquisar sobre as empresas que cultivam e vendem a comida que você consome para saber como elas tratam os trabalhadores nos campos e os protegem do assédio e da exploração.
- Informar-se sobre os países onde suas roupas e seus equipamentos esportivos são fabricados. Em vários países, as crianças ainda são forçadas a trabalhar durante muitas horas nos campos e nas fábricas.
- Escrever para empresas que fabricam os produtos que você compra pedindo que garantam que as pessoas que fornecem as matérias-primas para seus produtos sejam bem tratadas e compensadas de forma justa.
- Entrar em contato com os representantes do governo para pedir que combatam o tráfico humano.
- Participar de organizações humanitárias que trabalham para ajudar e proteger as pessoas vulneráveis contra a exploração.