Relacionamentos abusivos

Uma relação em que ocorram abusos físicos ou emocionais e tentativa de controle ou manipulação do outro pode ser definida como um relacionamento abusivo. Além da violência doméstica, esse tipo de situação pode ocorrer no âmbito do namoro e envolver pessoas de qualquer idade. A violência no namoro inicia-se geralmente com abuso emocional seguido de abuso físico, sexual e psicológico, envolvendo até mesmo perseguição. Os abusos podem ocorrer de maneira pessoal ou virtual, por meio de mensagens de texto ou postagens em redes sociais. Eles são caracterizados por violência, assédio e/ou ameaças com o objetivo de provocar medo e insegurança. Algumas atitudes abusivas incluem agressões físicas, insultos, intimidação, humilhação, controle, violação do corpo (contato físico íntimo indesejado) e acusações injustas à vítima (tais como infidelidade, comportamento inadequado e culpa pelos surtos violentos do agressor), ameaças de causar mal a si mesmo ou a outra pessoa caso a vítima aja de modo contrário à vontade do agressor.

Os riscos de abusos no namoro são ainda maiores quando as pessoas acreditam que a violência é uma maneira aceitável de expressar raiva ou ciúmes, quando ocorre o uso de drogas ou outras substâncias que afetam a mente, quando a vítima já testemunhou situações de agressão doméstica ou quando existe um trauma anterior. A descrição da mídia e o comportamento de amigos podem levar a pessoa a acreditar que a violência no namoro é normal ou fazer com que fique constrangida e pouco à vontade para discutir o assunto com alguém.

As consequências da violência podem ser extremamente graves, dentre elas o distanciamento da família e dos amigos, a adoção de comportamentos arriscados ou prejudiciais, o declínio no desempenho escolar e traumas físicos e psicológicos que podem exigir tratamento médico. Os jovens também podem ter depressão, ansiedade ou até pensamentos suicidas. Além disso, as pessoas que sofreram abuso no começo da vida são mais propensas à violência quando se tornam adultas.

O apóstolo Paulo escreveu: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Co 13:4-7). Portanto, não se contente com um amor egoísta, impaciente, arrogante, humilhante, rancoroso, possessivo e que tenha um placar de erros e acertos.

Se você estiver em um relacionamento abusivo, procure um membro da família ou um amigo em quem confie e a quem possa contar o que está acontecendo. Professores, pastores, orientadores e profissionais de saúde podem ajudá-lo. Dependendo das circunstâncias, talvez precise de assistência da polícia para separar você de seu agressor com segurança.