Modéstia

Em um mundo em que a moda virou competição e a ostentação é um estilo de vida, a humildade e a modéstia destoam. 

Um antigo ditado diz: “o hábito faz o monge”. Como o hábito é a roupa do monge, isso significa que as pessoas nos julgam pela aparência. O problema ocorre quando começamos a pensar que nossa aparência externa é quem somos de fato.

O apóstolo Pedro insistiu que os cristãos se protegessem do materialismo, enfatizando que o modo como vivemos e nos portamos diz mais sobre nós do que a roupa que vestimos. Ele escreveu: “A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus” (1Pe 3:3, 4). Não há nada inerentemente errado em se vestir bem para ficar elegante; quando, porém, chegamos a “confiar em nossa beleza” (ver Ez 16:15), comparando-nos com os outros, então nossa aparência se torna um ídolo para nós. 

A Bíblia nos diz para não mostrar favoritismo àqueles que ostentam riquezas. Tiago, que era um dos irmãos de Jesus, escreveu para seus companheiros de fé: “Suponham que, na reunião de vocês, entre um homem com anel de ouro e roupas finas e também entre um pobre com roupas velhas e sujas. Se vocês derem atenção especial ao homem que está vestido com roupas finas e disserem: ‘Aqui está um lugar apropriado para o senhor’, mas disserem ao pobre: ‘Você, fique em pé ali’, ou: ‘Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés’, não estarão fazendo discriminação, fazendo julgamentos com critérios errados?” (Tg 2:2-4).